Em assembleia realizada na quarta-feira (19), a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) decidiu apoiar a continuidade do processo de antecipação da retirada da vacina contra a febre aftosa no estado. O placar da votação foi de 53 votos a favor e 11 contrários entre os representantes dos sindicatos rurais. A intenção do governo estadual é realizar a última vacinação em março e obter a nova certificação em maio de 2021, junto com o Paraná. De acordo com o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, os produtores deram "voto de confiança" para a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) encaminhar o pedido e fazer adequações no sistema de defesa animal até agosto, quando haverá consulta final sobre o tema. "Se até lá os requisitos forem cumpridos, bateremos o martelo sobre a retirada da vacina", afirma o dirigente. A lista envolve 18 recomendações feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) após auditoria técnica sobre a qualidade do sistema estadual de vigilância. O relatório foi apresentado ao setor agropecuário em janeiro. "Apoiamos a continuidade dos procedimentos para não perdermos os prazos, e o governo estadual está agora pressionado a cumprir todos os requisitos até agosto, quando teremos nossa posição definitiva", acrescenta Gedeão.
Estiveram presentes o presidente da Febrac, Leonardo Lamachia; o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber; e o superintendente interino regional do Mapa, José Ricardo Cunha; o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Nestor Bonfanti; o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), Ronei Alberto Lauxen; o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), José Roberto Goulart; o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais (Sindiler/RS), Enio Dias; além de diretores e assessores técnicos do Sistema Farsul.